Cada folião se diverte no carnaval como lhe convém. Uma fantasia, uma máscara, um adereço, e pronto! É o momento para realizar coisas que costumeiramente não faríamos: cantar e dançar na rua, se vestir de super-heróis, conversar com desconhecidos, colocar maquiagem, elaborar uma performance.
E propriamente por ser carnaval, todos obtêm a autonomia de ser quem quiser. De se divertir e desfrutar do momento. É a liberdade que concede que o excêntrico e extravagante seja considerado comum. É o período do ano em que ninguém vai te classificar pela fantasia estapafúrdica ou pela quantidade de purpurina que você aplicou em seu corpo. As mídias sociais ficam sobrecarregas de fotos incomuns e ninguém se incomoda com a fantasia escolhida ou com a forma que se dança. O relevante são os sorrisos e a alegria dos foliões.
A euforia, a música alta, o trio elétrico, um aglomerado de pessoas se divertindo como se não houvesse amanhã, e a felicidade esculpida no rosto de cada um. Já dá pra deduzir que esses são os foliões dos famosos blocos, que percorrem as ruas da cidade, animando todos que querem estar ali.
O carnaval é exatamente isso, dar a todos a liberdade e o discernimento de ser e fazer o que deseja. Desde que haja o respeito pela decisão e direito de cada folião que faz parte dessa festa, do modo que for. Pois o carnaval é a festa do povo.